Macacos aos montes e aos Milhares…

Comentando o último post de st.NC e tentando dar por terminada esta indefinição ideológica e rebeldia “intelectual”, não acredito no palavreado de direita. No entanto também não acredito no palavreado de esquerda. Ambos, no fundo, nos pedem para escolher um lado: ou és dos nossos, ou és dos deles. Acreditam estar sempre do lado certo desta discussão. No entanto não deixam de ser todos macacos, peludos e iguais. Todo este palavreado político e ideológico só acaba por desviar o ser humano do que lhe é essencial, o seu bem-estar, o bem-estar do macaco. Desde que omitimos este facto, que fizemos esquecer a nós próprios quem somos, apenas primatas, apenas macacos, nunca mais conseguimos realmente organizarmo-nos num só grupo. Queremos sempre privilégios para o grupo social, cultural ou racial em que estamos integrados, deixando de lado o colectivo da humanidade. E isso foi o que nos destruiu como homens, e nos levou para um nível social mesmo abaixo dos macacos. Até eles conseguem estruturar uma sociedade organizada (mesmo que toda ela gire em volta da macaca mais fodilhona…), mas nós não. Nós queremos sempre mais para nós, estupidamente, somos sempre egoístas. E depois perdemo-nos saltando da esquerda para a direita e da direita para esquerda, passando pelo centro, e esquecemo-nos do que realmente somos, seres semelhantes, com as mesmas necessidades e os mesmos defeitos, deixamos de procurar a felicidade e passando a procurar um bom motivo para não sermos felizes. E por isso não acredito no ser de direita ou de esquerda, acredito apenas em ser, em ser o que quer que seja, nem que seja um macaco (e não me importava que a nossa sociedade volta-se a centrar-se nas macacas mais fodilhonas…).

Jokas Fofas na Peidola,

Energúmeno